terça-feira, 3 de setembro de 2013

Reconstrucao da Vesicostomia.


Ola amigos.
Na Quinta feira passada Pamela foi internada no setor de Urologia Infantil do Hc.
Na Sexta feita pela manha ela foi submetida a cirurgia.
Por ela ter Bexiga Neurogênica flácida (N31.2), aos 2 anos de idade por conta das Itus de repeticao (infeccao urinaria) Dr Almicar Giron resolveu fazer uma vesicostomia para dar vazão total a urina. 
E foi um sucesso. Ela passou 11 anos sem ter mais nenhuma infeccao urinaria.
Mas de uns 3 meses pra ca ela desenvolveu uma estenose o que levou os médicos indicarem nova cirurgia, a reconstrucao da vesicostomia.

Onde esta essa seta era a primeira vesicostomia que ela havia feito a 11 anos atrás, mas como fechou ela foi reaberta de novo. (essa foto não e ela)
No caso dela, esse buraquinho fica aberto, ela não precisa continuar usando essa sonda. Também não precisou passar sonda de alivio. A urina sai sozinha o tempo todo por esse buraquinho.
Foram 3 dias de internacao.

Na hora que foi internada.


Se preparando pra cirurgia, fazendo inalacao pra ajudar na hora da entubacao.
Aqui nessa hora já havia acabado e me chamaram pra ficar com ela no pós operatório no centro cirúrgico


Com carinha de que não tinha acontecido nada. Essa foto tirei horas depois que ela voltou do centro cirúrgico.

Foi super rápida a recuperacao. Ela não se queixou de dor .

Aqui no dia seguinte, hora antes da alta, ela já estava ate podendo sentar na cadeira de rodas pra passear.
A cirurgia foi bem, foi um sucesso. 
Agora só esperar o retorno no ambulatório na semana que vem pra eles darem alta definitivo.
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Nossa segunda luta foi hoje.
Pela manha tivemos consulta com a equipe de neurocirurgia junto com a equipe de ortopedia e também na hora foram convocados a equipe de cirurgia plastica.
O que ficou resolvido sobre a cirurgia da Mielo, onde desenvolveu a Cifose com escoliose, que sera necessário fazer mesmo a cirurgia chamada de Artrodese mais Cifosectomia.
Essa e a area onde sera feita a cirurgia.

E feito essa abertura na lombar pra colocacao de placas e parafusos.

. Depois de aberto e feito o enxerto, e fixado placas e perafusos pra que a coluna nao entorte de novo. Depois e feito o fechamento com tecido de um doardor.(Por aqui que saiu o fragmento do osso que o neuro retirou. Agora esperar cicatrizar o buraquinho que ficou, e depois que a pele se regenerar totalmente ela entra na fila de espera pra operar)

O tratamento cirúrgico da cifose e escoliose congênita na mielomeningocele 
ainda é um desafio para a maioria dos cirurgiões por se tratar de uma 
deformidade rígida de difícil correção associada a muitas complica-
ções com altas taxas de infecção, pseudoartrose, necrose cutânea. 
Isso se deve a má qualidade e vascularização da pele do dorso, 
dificuldade na instrumentação devido ao osso osteopênico, grandes 
perdas sanguíneas, infecções urinárias de repetição e alergia ao látex.
Os primeiros relatos do tratamento cirúrgico desta deformidade foram realizados por Sharrard e Drennan7
, que descreveu pela 
primeira vez a osteotomia e artrodese para correção da cifose em 
neonatos com mielomeningocele. A partir de então outros autores 
passaram a publicar seus casos com técnicas variadas com via 
anterior, posterior e combinada, porém todas elas esbarravam na 
mesma dificuldade que seria de atingir e manter uma boa correção 
da deformidade com um mínimo de complicações e morbidade. 
A técnica de Dunn-McCarthy et al.8
 modificada, descrita neste 
trabalho, se mostrou eficaz em atingir uma boa correção cirúrgica 
com altas taxas de fusão e pequenas perdas de correção. Além 
de utilizar apenas a via de acesso posterior reduzindo o tempo 
cirúrgico e volume de sangramento e infecção. 
Em 1994, Litner e Lindseth2
 publicaram um estudo com 39 pacientes relatando o tratamento cirúrgico desta deformidade com 
uma cifose pré-operatória média de 111 que foi corrigida para 40 e 
mantida em 62. McCall3
 em 1998, com 16 pacientes evidenciaram 
uma cifose média 111 corrigida para 15 e mantida em 20. Hung e 
Lubicky9 uma cifose de 126 corrigida para 21 e mantida em 23. De 
forma semelhante, em nossa amostra de 31 pacientes observamos 
uma cifose inicial média de 114 corrigida para 28 e mantida em 37. 
Nosso índice de infecção e lesões de pele foi de 26% ficando 
abaixo dos índices observados na literatura. Na série de Hull et al.10
tais complicações chegaram a 45%. 
Autores relataram três casos de anafilaxia ao látex em um trabalho relacionado à mielomeningocele11. No Hospital Abreu Sodré, 
sede da AACD, um trabalho com 187 pacientes portadores de mielomeningocele mostrou um índice de 29,5% de alérgicos ao látex12
Em nossa casuística, não obtivemos nenhum caso de anafilaxia, 
pois todos os pacientes foram submetidos ao teste, que, se positivo, determinava o preparo do centro cirúrgico em um ambiente 
100% “látex free”. 
Ao contrário da maioria dos outros trabalhos, nossa idade média 
para cirurgia foi um pouco superior ao da literatura por critérios da 
instituição que determinava: uma idade mínima de 5 anos, para 
permitir melhor desenvolvimento pulmonar; e peso mínimo de 20kg 
e bom estado nutricional, devido aos grandes volumes de sangramento que atingiam até mesmo a troca da volemia de criança. 
Outro fato a ser levado em conta que diverge da literatura é a 
realização da cordectomia realizada em todos nossos pacientes 
sem evidência de aumento de infecção e alteração do fluxo liquó-
rico3
. Obtivemos apenas um caso de meningite.
Conclusão:
A técnica de Dunn-McCarthy modificada é uma opção segura 
e eficaz no tratamento da cifose congênita associada a mielomeningocele, demonstrada pelo alto percentual de fusão e correção 
deformidade com pouca perda de correção durante o seguimento. 
Alcançou os objetivos em propiciar ao paciente uma melhora do 
sentar sem necessidade do apoio dos membros superiores além 
da resolução das ulcerações cutâneas do dorso atingindo alto grau 
de satisfação dos pacientes e familiares. 
Estou agora totalmente confiante que essa cirurgia, com essa nova manobra cirúrgica não terá tanto risco com a que ela faria anteriormente.
Ela precisa engordar 7 kilos ate a cirurgia.
Mesmo com os riscos o medico me deu a certeza da capacidade que ela tem de passar bem por esse novo procedimento.
Ela ainda terá muitas consultas ambulatóriais, pra terem a certeza que ela estará preparada. Pode demorar um pouco, mais já conseguimos ver uma luz no fim do túnel.
Essa deformidade da coluna já afetou muito os pulmões, por esse motivo, foram todas aquelas internacoes incluindo as das UTIs no ano passado.
Agora e só pedir a Deus que ele resolva tudo na melhor hora.
Obrigada a todos que passarem por aqui.
Paz!

13 comentários:

  1. Oi Pam e Mamãe da Pam fico feliz que essa Guerreira venceu mais uma. Estarei orando para que ela vença essa tão temida cirúrgia da coluna, que seja feita sempre a vontade do Pai que não nos desampara e está sempre protegendo essa princesa e sua família. Bjs e fiquem com Deus!

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  2. Ola, hj espero q esteja tudo bem com sua filha, a minha tbm nasceu com esse problema na bexiga, é chamado de síndrome do Ochoa ou Urofacial e foi descoberta através do sorriso que é invertido, agora tem 2 aninhos e gracas a Deus n houve nem uma infecção, q Deus abençoe seu lar!

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    1. Obrigada. Que Deus também abençõe seu lar. Bjs na princesa.

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  3. Oii, ninguém responde! Por favor, gostaria de informações sobre a saúde da Pamela, pois desde meados de setembro de 2013, nunca mais tivesmo notícias, espero que esteja tudo bem.
    Obrigada!

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    1. Olá desculpa a demora em responder. A Pam esta muito bem Graças a Deus. Obrigada de coração pela preocupação.
      Volte mais vezes por que vou atualizar pelo menos mensalmente.

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  4. Oi viviane como ja tem experiencia, meu filho vai fazer vesicostomia, quera saber como foi depois, se teve algum risco ou cimplicaçao?
    Obg, bjus.

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  5. Oi viviane como ja tem experiencia, meu filho vai fazer vesicostomia, quera saber como foi depois, se teve algum risco ou cimplicaçao?
    Obg, bjus.

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  6. Boa noite. Gostaria que você me tirasse uma dúvida, quando a sua filha fez a vesistocomia, a pele dele ficou muito irritada devido a acidez dá urina? E se ficou, o que foi feito para que essa irritação fosse resolvida? Obrigado

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    1. Oi sim, do meu filho ficou bastante mais só no começo, principalmente Em volta e nos pontos, com o tempo a pele ficou mais forte e tolerante a urina, eu usei cetaphil, um pouco caro mais a melhor coisa q usei, comprei em farmácia mesmo.
      depois com o tempo só irrita se ficar muito tempo com a fralda cheia, único cuidado é trocar nas horas certas.
      Espero ter ajudado.. bjus

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  7. Meu filho tem 14 dias que fez a vesicostomia , estou achando um pouco vermelho e alto , mas ele não tem sinais de dor , não está quente o local , será que é por causa do xixi mesmo, com quanto tempo os pontos caem?

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    1. É normal ficar vermelho, e esse alto que vc relata pode ser por conta de inchaço, demora um pouco para desinchar e sair a vermelhidão,É sim, o xixi irrita bastante, até a pele ir se adaptando, chega a levar 20 dias ou mais, depende de cada organismo,use ( cethapil ) para limpeza do local, usei por conta da irritação causada pela urina no local e ajudou muito, até com qualquer outra irritação na pele q ele venha a sofrer, nao precisava usar nada no local, mas como irritava muito, e chegou a sangrar, eu comecei a usar e parece q até acelerou a cicatrização.
      Obs: compra em farmácia mesmo, é tipo um gel q vc passa no local e coloca uma gase por cima para não dar atrito na fralda.
      Experimente, não tem contra indicação, ajudou muito meu filho.

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  8. Ola minha filha fez a vesicostomia segunda feira e quando vou trocar percebo um pouco de sangue na fralda
    Aconteceu isso tambem só tenho retorno semana que vem .

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